TREMOR e aposta no artista Açoriano

29-07-2015 13:57
Ano após ano é notório o crescimento de diversos projetos musicais nas nossas ilhas, bem como o surgimento de outros, é um claro sinal que algo começa a mudar na nossa região no que à música diz respeito.
 
2015 ficou marcado pela afirmação de diversos artistas Regionais, e para isto muito contribuiu a Festa da Música “Tremor”. Se até 2014 havia um completo desconhecimento sobre os projetos musicais emergentes nos Açores, esta situação mudou radicalmente quando o Tremor invadiu as ruas de Ponta Delgada.
 
No primeiro ano foram 4 os artistas açorianos a pisar os palcos: Self Assistance, Sara Cruz, Lulu Monde e Teresa Gentil, alguns mais conhecidos do que outros, mas todos brilharam, cada um à sua maneira.
 
2015 não foi diferente, a organização do festival convidou o projeto Medeiros / Lucas, King John, Broad Beans e os irreverentes On para abrilhantar um cartaz que já reluzia. Os artistas aceitaram o convite e mais uma vez impuseram-se perante as muitas pessoas que assistiram às suas atuações.
 
A questão que se coloca é: Não deveriam os festivais Regionais apostar mais na “prata da casa” ao invés de trazerem “artistas” de renome e qualidade duvidosa, podendo canalizar a restante verba no embelezamento dos Cabeças de Cartaz? O poder podem, mas não seria a mesma coisa.
 
Hoje mais do que nunca, é imperativo começar a apostar nos valores açorianos, pois eles existem, e muitos deles ao nível dos melhores Nacionais. Projetos como Self Assistance, Broad Beans e Lucas / Medeiros estão ao nível do que melhore se faz em Portugal no seu estilo, mas pecam por terem surgido neste pedaço de território rodeado por mar chamado Açores.